quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Ser cozinheiro pt.1

Este sou eu, em trajes de trampo....
 Olá amiguinhos, vocês, fiéis seguidores sabiam que eu sou cozinheiro? Não? Sim? Desconfiava devido a postagem "putaria anti-gastronômica"?
 Pois bem amigos, eu sou cozinheiro de profissão a aproximadamente uns 9 anos e vou falar um pouco sobre a profissão que eu não troco, apesar dos pontos negativos essa é minha vida, e eu amo cada corte, e cada queimadura que eu me auto-flagelo dia-após-dia.
 Para começar vou contar um pouco a minha jornada na gastronomia, como começou, quando ganhei gosto pela profissão. Os altos, os baixos...
 Tudo começou quando eu tinha 16 aninhos, eu era um roqueiro cabeludo (e por falta de hormônios sem barba), a procura da entrada no mercado de trabalho, como acontece com muitos jovens hoje em dia.
eu com 16 anos... maloqueiragens à parte meu....
 Acontece, que meu irmão Maracotango (você pode acompanhar seu blog caçando aqui mesmo) nessa época já trabalhava como instrutor numa grande multi-nacional gastronômica do ramo de fast-food (mc donald's).
 Após eu completar minhas 16 primaveras eu sempre ia neste estabelecimento procurar uma vaga, mas devido a minha puta cara de maloqueiro (kkk, lembrei do boça)eu sempre era eliminado durante as entrevistas, mesmo dando o meu melhor durante as entrevistas (lembro que eu fiz uma redação em uma delas que foi do caralho, falava sobre Raul Seixas, Igor Stravinsk, e uma caralhada de filósofos) sempre era eliminado, pensando eu ser bom de mais para fritar hambúrgueres descobri posteriormente que a culpa era das macaquices que o gordão fazia no ambiente de trabalho.
 Um dia, não sei como o Maracotango decidiu ser um funcionário exemplar e eu fui contratado mesmo sem fazer entrevista (só tive que cortar o cabelo).
 Lembro ainda hoje como foi meu primeiro dia de trabalho. Era uma conferência, ou algo assim dos instrutores e meu irmão não sabia. Saiu ele as pressas, me deixando sozinho naquele ambiente hostil. E pra piorar supostamente não haveria treinadores (instrutores), então ficaríamos na mão de babacas espinhentos para nos ensinar o que tinham aprendido semana passada.
 O gerente de plantão era o Eneir (um babaca demitido em pouco tempo), que me jogou na cozinha na mão do Daniel (vulgo "Dingo"), que me treinou no circuito 4:1, vulgo quarteirão.
 Eu, e o Emerson (só lembro da história que ele queria roubar um DVD do Tom e Jerry, e que ele encharcava o papel toalha de água e tomava um "banho" na pia do vestiário) entramos "brekando"(almoçando) como era nosso primeiro dia "brekavamos" o numero 1 (big mc).
 Eu entrei as 10h00, então voltei para a cozinha às 10h30. Voltando o Daniel me apresentou a praça, me apresentou a cozinha (morri de medo quando me apresentou o Walkin (câmara refrigerada), por ter ouvido várias historias do Maracotango e da Latão de jogarem água na gente e nos trancar lá dentro). Trabalhei um pouco e ai chegou a única instrutora ainda mais perdida que meu hermano naquele dia, a Nataly. A Nataly era uma moreninha magrela que todos pagavam pau (e eu só concordava que ela era gostosa pra não ser taxado de gay, ou de seletivo de mais).
 A Nataly chegou, e eu me lembro do momento em que ela jogou água na chapa escondida do gerente (acho que para tirar o cascão da chapa) e eu achei que ela tava fazendo pra se divertir, para ter uma zoeirinha....
Continua na próxima postagem....
 Depois disso não tem mais nada que tenha me marcado no meu primeiro dia numa cozinha, a não ser todos terem comentários duvidosos quando eu dizia ser irmão de meu irmão. Eu saí, peguei o dinheiro da condução (ainda não tinha B.U. ) e fui andando, na sabará comprei um maço de Free Style (não existe mais) e fui fumando até um ponto seguinte, aonde peguei um ônibus e desperdicei a minha caminhada que poderia ter valido uns dois reais (acho que era isso a condução na época).

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